A placa de PARE
era o pai espiritual.
Na sombra da marquise
encontrei minha mãe
namorando brasões;
dedilhando promessas,
me mandou ir à escola.
Deslizei entre os cabides
e sentei no milharal.
Por um quarto de sol
namorei o púlpito,
e do amante ingrato
recebi apaixonado
um ramalhete de outdoors.
Fugi de desgosto,
cruzei os esgotos
e os ratos barulhentos.
De ouvidos zunindo,
ia desmontando os ruídos,
até encaixar meus nervos
num discurso régio
de marca registrada.
Agora sou feliz...!
Transito seguro,
desfilo contente
em todas as praças.
Dezenas de autoridades
Dezenas de insígnias
sempre anunciam
a minha chegada.
Um comentário:
os ratos barulhentos, com suas garrafas de bebida..
belo poema.
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