Há tempos não ganho cartas...
só cores emprestadas,
convites anônimos,
bilhetes inutilmente secretos...
Espero na varanda
coçando o queixo;
mas que sina alérgica
reconhecer sem conhecer,
vislumbrando constrangido
respostas sem perguntas!
Codifico sem ler,
calculo sem ter.
Lavo minhas mãos,
cozinho e mastigo folhas amargas
(e é mentira:
não me sinto tão saudável).
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