quinta-feira

eu quero a estrela da manhã

Carina, de pé quebrado dança
sobre as cabeças em fila
rasga conselhos de Sancho Panza
e pronúncias de Pancho Villa

varre o sangue das calçadas
quando o sol vem acordar
mas é santa desastrada
dessas que não podem amar

Carina é doce como só
olhos de brilho discreto
profundos de darem nó

Carina é fresca e matutina
mas sabe chorar e caminha
entre a vida severina

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