segunda-feira

Linha 196A

os pés ruminam um samba
no banco de madeira morna
um ônibus pra esperar
subimos, sentamos
todo mundo mórbido
nas mentes mil manias
mentiras urbanas
(somos uma trupe mambembe
com fome de meio-dia)
dançam os músculos
no vai e vem dos movimentos
do motorista
meditações imprecisas
medo: por vezes mergulhamos
em murmúrios do pensar
mínimos minutos mágicos
no manco despertar
do fim da linha

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