Nas chuvas de agosto
eu perdi os sapatos
e promessas singelas
de bem querer.
teus cabelos longos
e negros
teus olhos tão grandes
e negros
teu corpo negro
num céu negro
de agosto
Nas chuvas de agosto
o céu lamentava
gota a gota
molhou as ruas
e os pés
e as lentes
e a cidade chiava
e a cidade dormia
lamento do céu
lamento de um samba
lamento de um peito
provinciano.
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