As letras são tuas chaves
o verso é o teu vinho
afável e fiel
lambendo fantasia
teus olhos, duas portas
duas janelas
donde morde os dias
com preguiça
na escuridão do teu ninho
a cidade, a cidade
vazia de lastros
são teus lastros
são tuas paredes
tragédias de figurino
e sacos plásticos
o mistério é o teu asfalto
o mistério é a tua lã
o teu telhado
donde contempla os astros
donos de nossas cabeças.
segunda-feira
sexta-feira
segunda-feira
De manhã
O barro está seco,
é quase pó.
Formiga tão só.
O vento frio
soprou suas trilhas.
Abelhas bebiam
um pouco de sol.
Pensou o grilo:
- Onde esconderam
a primavera?
O cão lambe
suas patas geladas.
O gato espera
chegar de surpresa
na telha dos pardais.
As nuvens brincam
no fresco azul.
Os galhos balançam.
O tempo toca
seu acordeon.
é quase pó.
Formiga tão só.
O vento frio
soprou suas trilhas.
Abelhas bebiam
um pouco de sol.
Pensou o grilo:
- Onde esconderam
a primavera?
O cão lambe
suas patas geladas.
O gato espera
chegar de surpresa
na telha dos pardais.
As nuvens brincam
no fresco azul.
Os galhos balançam.
O tempo toca
seu acordeon.
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